Olá, educadores,
Estamos de volta com muita alegria e animação. Mas, antes de publicar nosso primeiro artigo deste ano, quero lhes apresentar meu novo livro, cujo foco, como os textos deste blog, é a criança pequena. Nossos artigos foram aprofundados, reorganizados por temáticas, ganharam referências bibliográficas e se transformaram em livro: O que eu gostaria de já saber com filhos e alunos pequenos. Um olhar para a Educação Infantil.
Este livro tem por finalidade travar uma conversa com educadores, tanto pais e professores como aqueles que cuidam dos nossos pequenos e têm a tarefa de orientá-los no dia a dia, seja na escola, em casa ou em outros locais. Gostaria muito de saber o que sei agora quando tinha filhos e alunos pequenos. Com certeza, teria lidado melhor com muitas situações, superado melhor diversas dificuldades. O fato de ser avó e ter sido, por muitos anos, professora de futuros professores de crianças, também, me permitiu e permite vivenciar e me conectar a situações muito atuais que afligem responsáveis pelos pequenos.
São 22 capítulos não muito longos, em uma linguagem bem acessível com sugestões de atividades, aliando teoria e prática com leveza. O tempo é sempre corrido, mas todos nós que cuidamos da criança sabemos da necessidade de conhecer um pouco mais os desafios de nossa tarefa. Assim, embora utilize uma linguagem simples, as questões não são tratadas de forma simplista. Ao final de cada uma das quatro partes que compõem a obra, são apresentadas, além das referências que surgem nos capítulos, algumas sugestões de outras leituras para quem deseje saber mais e aprofundar o assunto trazido. Tive o cuidado de organizar os capítulos por assunto para que o leitor possa reler ou antecipar algo que lhe desperte maior atenção ou interesse.
A temática é bem variada, mas há ênfase em alguns aspectos em que desenvolvi e orientei pesquisas e sobre os quais escrevi: Bioexpressão, corporeidade, movimento, ludicidade e arte. Estes conhecimentos dão, ainda, a estrutura necessária para lidar com algumas questões de que nossa sociedade está muito carente como educação emocional, resiliência, o estabelecer limites, relações mais equilibradas, entre outras.
As questões que dizem respeito à criança são de extrema importância, pois, nesta fase da vida, estamos trabalhando as bases para o restante dela. Crianças felizes e bem orientadas se tornam adultos que lidam melhor com as dificuldades da adolescência ou da fase adulta. Crianças que desenvolvem de forma adequada aspectos mentais, emocionais e corporais se tornam adultos mais inteiros, que aprendem a se valorizar e a considerar positivamente tais aspectos.
Nossa educação está pautada prioritariamente no trabalho mental, e não é difícil encontrarmos adultos com um grande desenvolvimento intelectual, mas com uma grande imaturidade emocional e sérias dificuldades corporais. Saber lidar com as próprias emoções é um dos grandes investimentos que precisam ser considerados tanto na escola quanto em família. Sentir-se acolhido no próprio corpo e de bem com ele, sabendo escutar seus sábios conselhos também é um grande ganho. E sabe qual a melhor notícia? É bem mais fácil estimular tais ganhos quando a criança ainda se encontra na primeira infância.
Grande abraço e até breve